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SEU BICHO É OUTRO?

 SEU BICHO É OUTRO?

Seu bicho é outro?
Para quem procura ter como animal de estimação, um animal exótico, já deve ter pensado em ter uma cobra. A mais indicada para ambientes domésticos e para iniciantes é a Corn Snake ou cobra do milho (Elaphe Guttata).
Originária dos Estados Unidos e México, esta espécie não fica muito grande e se alimenta com facilidade. Existe em várias cores e padrões. A Okeetee é a Corn Snake “clássica”, nas cores: vermelho, laranja, preto e marrom. Existem ainda as brancas, prata escura e cinza, amarelada, e vermelha.
Ela tem esse nome porque se alimenta de ratos e vivem em milharais os caçando.
Muito mansa e dócil é uma cobra que aceita com tranquilidade o manuseio, evitando atacar. Em geral, na primavera são diurnas e no verão, noturnas.
Resistentes ao cativeiro este tipo de animal é fácil de alojar. Seu tempo de vida pode variar entre 10 e 18 anos, e seu tamanho fica entre 80 cm e 1,50m.
Recomenda-se cria-la em terrários, que devem medir 75 cm de comprimento, 30 cm de largura e 30 cm de altura. A temperatura desejada no terrário é entre 24 e 28ºC. Geralmente usa-se um tapete de aquecimento, ligado a um termostato.
O substrato pode ser papel toalha, grama artificial ou carpete. Deve-se manter um pote de água grande o suficiente para que o animal possa ficar com o corpo todo dentro da água, caso queira. É indicado também que tenha uma toca, um esconderijo e um galho, para ela se exercitar.
A alimentação da Corn snake é a base principalmente de camundongos, podendo variar. Deve-se oferecer o alimento fora do terrário, pois a cobra pode acabar engolindo pedra, madeira, areia, junto com a comida.
Em geral alimenta-se uma vez por semana, podendo ser uma alimentação viva ou congelada.
O maior perigo com estas cobras são as fugas. Elas encontram pequenos buracos para escapar. E quando fogem dificilmente são encontradas. Portanto use caixas com travas.
Como se trata de um animal exótico é importante ficar atento apenas com a legislação ambiental. Sua posse não é proibida desde que seja adquirida de um criatório legalizado, com autorização do IBAMA.
Cadastro no IBAMA é o primeiro passo para legalização da criação de serpentes
No Brasil, existe uma legislação específica para o criatório das serpentes, a Portaria IBAMA nº118/97
Com o objetivo de se evitar os problemas de contrabando e caça ilegal de animais silvestres, o IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, tem a responsabilidade pelo controle da legislação de criatórios de serpentes.
De acordo com o professor Dr. Stefan Tutzer, no curso desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções TécnicasCriação de Serpentes, o IBAMA não legaliza ou regulariza a posse de animais sem origem conhecida ou que tenha sido adquirida de forma ilegal. Os animais autorizados para a comercialização são, geralmente, marcados com chip que permite o controle, tanto do proprietário quanto do IBAMA.
Para montar um criadouro, o interessado deve enviar, primeiramente, ao órgão competente de sua região, a chamada carta-consulta, que deve conter os objetivos, as espécies que pretende criar e o local que será destinado ao criadouro. Sendo aprovado nessa primeira etapa, o interessado deverá apresentar um projeto mais abrangente e detalhado de como a área será usada e os objetivos gerais da criação. O IBAMA irá fazer uma vistoria no local e, se tudo estiver dentro das exigências estabelecidas, o futuro criador obterá o registro, que autoriza o negócio.
As regras estabelecidas na Portaria nº118/97, que versam sobre normatização de criadouros de animais da fauna silvestre brasileira, devem ser seguidas, e o proprietário precisa ficar atento às alterações na legislação, pois, frequentemente, o local será visitado por fiscais do IBAMA.

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