Cavalos com pintas realmente existiam há 25.000 anos
Os cavalos com pintas, que estão retratados nas pinturas rupestres em cavernas, não eram uma representação simbólica como acresitavam os pesquisadores, mas sim o retrato realista da pelagem de vários cavalos.
A descoberta, que foi publicada na revista americana Proceedings of the National Academy of Sciences, mostra evidências de que estes cavalos com padrões semelhantes a leopardos, viveram entre os seres humanos há cerca de 25 mil anos.
Para isso, os cientistas analisaram o DNA de fósseis de 31 cavalos com 20 a 22 mil anos, recolhidos em toda a Europa, desde a Sibéria à Península Ibérica. Seis desses cavalos tinham no seu DNA uma mutação que torna as pelagens pintadas. Dos restantes 25 fósseis, 18 eram castanhos e 6 eram pretos.
Isto não só prova a existência dos cavalos com pintas, como demonstra que eles não eram raros.
Atualmente existe uma variedade de cavalos com esta característica, mas isso é resultado da seleção artificial induzida pelos criadores de cavalos.
Por esse motivo, e também por falta de evidências científicas até este momento, acreditou-se que as pinturas rupestres que representavam cavalos com pintas tinham algum tipo de natureza simbólica, não correspondendo à realidade dos animais daquele tempo.
“A arte das cavernas é mais realista do que muitas vezes é sugerido” afirma o co-autor do estudo Arne Ludwig.
No entanto, outros investigadores alertam que apesar dos cavalos com pintas terem de fato existido, como comprova o estudo, isso não significa que as pinturas rupestres que os representam não continham itens simbólicos por trás.
Uma das particularidades nesse sentido, é que essas pintas, às vezes, aparecem fora do corpo do cavalo e à sua volta, então, apesar de mostrarem um animal real, não eram puramente realistas.