Obesidade não é fofo
Na primeira edição do Guia 4 Patas tivemos um especial sobre alimentação, falando um pouco sobre tudo o que envolve esse meio e tudo o que você precisa saber para alimentar seu cão e gato da maneira correta. Mas o assunto não pode parar ai. Diariamente vemos fotos de cães e gatos gordinhos nas redes sociais e os achamos fofos, quando na verdade, não é nada disso. Vemos fotos de cães e gatos que de tão obesos, mal conseguem se mover, como é o caso de muitos Dachshunds (mais conhecidos como salsichas), que são uma das raças mais afetadas pela obesidade.
Para um cão e um gato, 15% a mais de seu peso ideal já é considerado obesidade e estima-se que até 40% de todos os animais das espécies sofram com o problema. E não é para menos: hoje seus donos tendem a passar menos tempo em casa com seus animais, portanto, os hábitos também mudaram. Além disso, não conseguimos levá-los para passear, deixamos a comida a vontade para eles durante o dia inteiro, o tempo que passamos juntos, tendemos a mimá-los com petiscos e restos de comida. Se identificou?
Na teoria, a obesidade desenvolve-se por causa de um distúrbio na ingestão de nutrientes e/ou no gasto de energia, mas algumas condições patológicas também estão ligadas à doença. Cães e gatos mais velhos são os mais afetados.
Nos gatos, após a castração, o gasto de energia diminui, tanto nos machos quanto nas fêmeas, e o aumento do apetite aumenta. Isso faz com eles tenham 3 vezes mais chances de se tornarem obesos. O acompanhamento do peso após a castração é essencial para que eles continuem em forma e não engordem após o procedimento, muitas vezes até sem o dono perceber.
Um animal obeso não é um animal saudável. Ele tem sua expectativa de vida reduzida, além de poder desenvolver problemas ósseos, distúrbios circulatórios, dificuldade na respiração, diabete, hipertensão e até problemas dermatológicos.
Caso seu pet apresente um dos sintomas apresentados na tabela, procure um médio veterinário de confiança para iniciar o tratamento e para que ele também descarte qualquer doença que possa estar influenciando ou complicando o quadro. Mudanças nos hábitos dos animais são os primeiros passos para o tratamento: atividades físicas e reeducação alimentar são necessárias e só irão ajudá-lo.
E atenção: diminuir a ingestão calórica do seu bichinho por conta própria, apenas reduzindo a quantidade de alimento dado à ele, pode causar distúrbios nutritivos e não ajudará no emagrecimento. Além disso, você estará arriscando seu animalzinho a passar fome e isso pode gerar outros problemas, como mudanças comportamentais.