O inverno chegou

Com a chegada do inverno não são só os humanos que sentem “na pele” as baixas temperaturas. E também não é porque os cães e os gatos são peludos que eles não sofrem quando faz muito frio.
É bem verdade que no Brasil, um país tropical, sentimos de maneira mais branda os efeitos desta estação do ano, porém, isso não significa que devemos descuidar dos nossos amigos de quatro patas, principalmente os de pelagem mais curta e os que vivem em locais como a região Sul, onde são facilmente registradas temperaturas abaixo de zero.
 Tem os que parecem ursos
Sabemos que todos os cães descendem dos lobos e que raças muito resistentes foram criadas e desenvolvidas para viver e aguentar temperaturas extremas. São os chamados cães da neve que vivem nos árticos onde são grandes ajudantes do trabalho humano e executam tarefas incríveis, seja puxando trenós na neve ou até servindo como guardas. Alguns grandalhões até lembram os ursos, peludos e muito fortes, eles encaram com tranquilidade ventos e geleiras.
Algumas raças bastante celebradas por aqui, também se valem de recursos próprios como, por exemplo, a raça Golden Retriever que é capaz de repelir a água e isolar seu corpo, e o Spitz Alemão que possui pelo e subpelo. Este, considerado o cão mais bonito do mundo e também o mais fofo se estiver com a tosa do Boo que o deixa igualzinho a um urso de pelúcia.
Outras raças de cães bem peludinhas que não passam apuros no inverno são: Bichon Frisé, Shih Tzu, Poodle, Chow Chow, Boiadeiro de Berna (Bernese) e Pastor Belga.
Nossa capa branca como a neve, Katy Perry
Nossa mascote Katy Perry é uma Spitz Alemão Anão (Lulu da Pomerânia), pertencente à família Spitz, os cães de companhia mais velhos que existem.
Descendentes de um cão Neolítico, o Spitz Alemão Anão, o primeiro que viveu com os homens nas aldeias lacustres da Europa pré-histórica. São inclusive classificados como ‘Cães de Tipo Primitivo’ por conservarem ainda, grande parte das características herdadas dos lobos, como o focinho pontiagudo, as orelhas eretas e viradas bem para a frente da cabeça e a cauda comprida, Esses tipos de cães foram feitos para guardar, caçar, puxar trenós e fazer companhia para os nômades. Os Spitz se espalharam pela Europa e em cada região a raça evoluiu de maneira diferente devido aos cruzamentos. O Lulu da Pomerânia é o menor das cinco variedades de Spitz Alemão Anão. Excelentes cães de companhia são muito dedicados aos seus donos. Alegres e dispostos, os Spitz são classificados em cinco tamanhos distintos:
Spitz lobo (50 cm), Spitz grande (46 cm), Spitz médio (38 cm), Spitz pequeno (29), e o Spitz anão (20 cm). No ranking de inteligência elaborado no livro “A Inteligência dos Cães”, os Spitz Alemão Pequeno e Anão estão na 23ª posição entre as 135 raças pesquisadas.
Conheça oito gigantes das neves
Malamute do Alasca
Originário dos Estados Unidos esta raça é rústica e grande, podendo chegar a 70 cm de altura e até 45 kg. De pelo comprido e muito musculoso, o Malamute do Alasca é um cão equilibrado, muito fiel, ativo, inteligente. Muito resistente a temperaturas extremas.
Airedale Terrier
De porte grande a raça chega também a 70 cm e pode viver por 14 anos. Comum no Reino Unido, o Airedale Terrier é musculoso dominante, tímido e está adaptado a climas frios. Seu pelo é grosso, duro e frizado.
Husky Siberiano
O Husky é uma raça mais comum aqui no Brasil. Vinda da Ásia, Europa e Rússia são cães da neve, famosos por serem ótimos puxadores de trenós, super resistentes a temperaturas congelantes. Grande, forte e rústico é também inteligente e muito ativo.
São Bernardo
Comum na Itália e Suíça, o São Bernardo é gigante podendo chegar a medir mais de 80 cm e pesar 100 kg. Fiel, inteligente e muito carinhoso, se dá muito bem com crianças e precisa de bastante espaço.
Border Collie
Comum no Brasil, a raça Border Collie surgiu nos países Oceania, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido. De porte médio é considerado o cachorro mais inteligente do mundo. Fiel e ativo ele se dá bem com crianças e como vigilante.
Akita Inu
De porte grande essa raça de pelo comprido e orelhas curtas tem o temperamento equilibrado, fiel e tímido. Criada no Japão, sua expectativa de vida é de 14 anos. É um ótimo cão de guarda, late pouco e não faz muita festa, mas protege a família e o território.
Cão de Montanha dos Pirinéus
De tão gigante ele parece um urso. Olhos pequenos, orelhas pequenas e triangulares, pode chegar a medir 80 cm de altura e pesar mais de 70 kg. Obediente, independente, carinhoso, fiel e alerta é um excelente cão de guarda.
Terra Nova
De porte gigante e estrutura monumental esta raça do Canadá tem membranas interdigitais bem desenvolvidas que os permitem se movimentar com muita facilidade na água, o que os tornam conhecidos como cães d´água. Famoso também por salvar muitas vidas de naufrágios,  em águas congelantes. Considerado uma das raças mais gentis e serenas, o Terra Nova adora brincar.
Bernese Mountain Dog
Também chamado de Boiadeiro Bernês, ou ainda Boiadeiro de Berna, é um cão boiadeiro suíço de grande porte. Sua pelagem é longa, lisa, densa, espessa e tricolor. Forte e ágil, esta raça é nativa da região rural da Suíça nos Alpes de Berna. Sua incrível beleza, somada a obediência, natureza dócil, lealdade, gentileza, carinho e vivacidade fazem do Bernese um cachorro muito desejado por famílias do mundo todo.
Moro, num país tropical

Como será que esses gigantes da neve se sentem num país tropical como o Brasil?
Nada muito confortável no verão, mas em compensação no inverno, eles estão sempre quentinhos sem nenhum esforço. Raças como Husky Siberiano, São Bernardo e Spitz Alemão, por exemplo, têm pelagem dupla que os isola do frio.
Será que nossos peludos sentem a mesma sensação de frio que nós humanos? Segundo veterinários, os cães de pelo curto como Fox Paulistinha, Dálmata, Labrador, Buldogue Francês e Dobermann, são cães com pouca gordura corporal e naturalmente adaptados às temperaturas mais quentes. Os da raça Pincher, são os que chegam mais próximo do homem na sensação de frio.
O Guia 4 Patas adverte: seja qual for a raça do seu pet e o lugar onde você vive, quando o inverno chegar, mantenha-o  protegido do vento, em um abrigo seco e seguro e de preferência com uma manta bem quentinha!
Os pelos têm importantes funções, aquecendo e protegendo os peludos. Além de serem lindos, quando bem cuidados. Mas o inverno traz alguns inconvenientes, como algumas doenças causadas por vírus e bactérias. A pele dos pets fica mais seca, os banhos mais quentes provocando coceiras e descamação e as dermatites alérgicas podem se agravar.
ELES SABEM DEMONSTRAR QUE ESTÃO COM FRIO.
Alguns cães têm ataques de tremor, as orelhinhas e patinhas ficam geladas e naturalmente buscam por locais mais quentinhos.  E como saber se seu animal está com febre? Observe o comportamento dele, ele fica mais paradinho e com olhar tristonho. Fique atento, cães e gatos podem desenvolver doenças muito semelhantes ao resfriado, com tosses, espirros, febre e falta de apetite, podendo até evoluir para uma pneumonia. Lembre-se que filhotes e idosos são mais sensíveis às quedas de temperaturas.

O Guia 4 Patas preparou uma lista com dicas e cuidados para ajudar seu pet, peludo ou pelado, a encarar o inverno bem quentinho, protegido e feliz.

1. Evite banhos em dias de muito frio, ou diminua a frequência.

2- Mantenha seu peludo agasalhado. Se o cachorro aceitar, use roupinhas. Mas se ele não gostar, não insista. Os gatos não gostam de usar essas roupinhas, portanto, evite colocá-las nos bichanos.
3- Troque sempre as roupinhas, pois o acúmulo de sujeiras podem trazer riscos à saúde, como ácaros, bactérias e alergias.
4- Se o seu peludo fica fora de casa ele precisará de uma casinha bem quente e aconchegante. Providencie também um cobertor, para evitar que ele tenha contato direto com o piso frio da casinha.
5- Se o pet fica dentro de casa também precisa de atenção nesse sentido. Nunca deixe seu animal dormir no chão frio, ou em lugares em que tenha correntes de vento. Forneça cobertores ou mantas, principalmente a noite.
6- Se possível, mantenha a pelagem do seu peludo mais comprida, evitando tosas. Escove seu peludo regularmente. Cães de pelo longo tendem a ficar com a pelagem emaranhada e suja. Isso reduz o fator de isolamento em caso de cães de pelagem comprida.
7- Nada de levar o cão para passear ao ar livre nas noites ou madrugadas. Nem na chuva, lama ou neve.
8- Mesmo os cães acostumados a dormir fora de casa, nas noites de temperaturas muito baixas, não deixe seu pet sem nenhuma proteção. Ele corre o risco de sofrer uma hipotermia.
9- Se for dar banho em casa jamais use água fria e evite ao máximo lavar o cachorro ao ar livre. Mas também cuidado com a água quente demais, podem ressecar a pele provocando coceiras e dermatites.
10- Nunca deixe seu pet exposto ao frio depois do banho.

11- Se o banho for no pet shop, esperar alguns minutos para tirar o pet pra rua, para evitar o choque térmico.
12- Se os passeios forem inevitáveis, opte por horários mais quentinhos.
13- Se o seu cachorro estiver inquieto, tremendo, parecer ansioso, mais lento ou parar de se mover, fraco ou procurar lugares quentes para cavar, leve-o para dentro de casa imediatamente. Esses são sinais de hipotermia. Se os sintomas continuarem, leve-o ao veterinário o mais rápido possível.
14- Não deixe o seu pet sozinho no carro. Mesmo sendo frio, o veículo pode rapidamente se tornar uma geladeira. Deixe seu pet em casa, seguro e quentinho.
15- Não deixe seu cachorro molhado. Na volta de passeios, sempre utilize uma toalha ou secador para deixá-lo sequinho.
16- Atenção com as patas do cachorro no frio. Cheque se as almofadas das patas não estão rachadas ou sangrando. Limpe entre os dedos e remova sujeiras de barro.
17- Não descuide da alimentação nem da água. Mantenha água a vontade para seu cachorro, sempre limpa e fresca. Não é por que está frio, que seu cão não precisará de tanta água e você não precise trocá-la com tanta frequência. Ele precisa se manter saudável independente da época do ano.
18- Como eles ficam com a imunidade baixa no inverno, mantenha a vacinação sempre em dia.
19- É importante proteger bem os ouvidos para evitar otite.
20- Cães que passam mais tempo ao ar livre durante o inverno precisam ser alimentados com 10% a mais da comida oferecida regularmente.