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Para que seu bebê pet cresça saudável

 Para que seu bebê pet cresça saudável

É preciso estar atento e proteger os filhotes contra as ameaças das primeiras doenças que podem acometer os pequenos pets
A chegada de um filhote em casa é sempre motivo de grande alegria. No primeiro momento tudo é festa e temos que nos preparar para viver momentos de intensa fofura. Mas nem sempre nos lembramos de preparar o ambiente adequado para receber esse novo morador que vai exigir algumas adaptações e cuidados especiais. O filhote deixou para trás sua mãe, irmãos e o ambiente em que nasceu. Tudo é muito novo para ele e a primeira coisa a fazer é dar as boas vindas ao pequeno animalzinho, de forma delicada e deixando-o explorar a casa nova, aos poucos, com o passar dos dias.
Suas necessidades básicas são simples: muitas horas de sono, água limpa e fresca à vontade e refeições regulares com a ração de filhote recomendada, no mesmo lugar e no mesmo horário diariamente.
Nos primeiros dias é importante que brinque com seu filhote para acalmá-lo. Se já tiver outro animal de estimação em casa, apresente os dois com cuidado, em um espaço neutro da casa, mantendo-os na coleira inicialmente.
Ansiosos pelo primeiro passeio fora de casa, os donos acabam expondo seus animais a sérios riscos. Não leve seu filhote para passear ou encontrar com outros animais até que ele tenha recebido todas as vacinas recomendadas.
Quando nascem eles contam com os anticorpos passados pelo leite da mãe. Mas com o passar dos dias os filhotes ficam vulneráveis a doenças infecciosas.
Os filhotes devem ser vacinados contra: Cinomose, Hepatite, Parvovírus, Parainfluenza, Leptospirose. As vacinas costumam ser dadas em torno de 45 dias a 8 semanas de vida, garantindo a proteção necessária. Reforços anuais garantem uma maior proteção.
Conheça as principais doenças e parasitas que podem “atacar” nossos pequenos “grandes” amigos:

  • Vermes intestinais: quase todos os filhotes têm, causando diarreias, vômitos, perda de peso, crescimento inadequado. Os parasitas mais comuns são: a toxocara, ancylostoma (bicho geográfico), giárdia e coccidia e dyplidium. Eles são facilmente identificados com exame de fezes, ou de sangue.
  • Pulgas e Carrapatos:comum em filhote, leva a coceira e algumas doenças: Erlichiose, Babesiose e Anaplasmose. O controle é feito com antiparasitários e controle ambiental, dedetização.
  • Sarnas e fungos (micoses): doenças contagiosas, a sarna causa muita coceira provocando lesões nas extremidades do corpo como pontas das orelhas, cotovelos, focinho e pés, podendo tomar todo o corpo do animalzinho. A micose ou fungo pode atacar cães e gatos, contaminando outros animais e pessoas. O tratamento é feito com pomadas, xampus e medicamento oral.
  • Cinomose: uma grave virose que causa diarreia e tosse intensa. Na grande maioria dos casos, os cães desenvolvem uma pneumonia fatal ou até mesmo a paralisia. Desenvolvem rapidamente sintomas de envolvimento do sistema nervoso central. Muitos se mostram deprimidos, com falta de coordenação motora, tremores musculares e convulsões. A transmissão ocorre pelo contato direto com outros animais.
  • Hepatite: distúrbio causado por um vírus altamente infeccioso. Afeta o fígado e se desenvolve extremamente rápido. Acomete principalmente filhotes de 4 a 10 semanas de vida. Inicialmente ela causa uma febre branda, podendo passar em até 4 dias. No quadro mais grave da doença, pode até causar a morte do animalzinho. O filhote pode ter sangramento da boca, fezes e urina com sangue. Extremamente agressiva a hepatite pode causar óbito após somente um dia do aparecimento.
  • Parvovírus: altamente contagiosa, nos filhotes com até seis meses de idade costuma provocar uma diarreia sanguinolenta, frequentemente fatal, podendo causar morte súbita em filhotes aparentemente saudáveis. O vírus sobrevive no ambiente por muitos meses. É transmitida por contato com urina ou fezes de outros animais contaminados. Provoca diarreia, apatia, desidratação e perda de apetite. A taxa de mortalidade chega a 80%.
  • Vírus da Parainfluenza: altamente contagioso, costuma se desenvolver em ambientes onde existem muitos cães juntos. Conhecido como “tosse dos canis”.
  • Leptospirose: disseminada por ratos, através de água contaminada, é uma infecção bacteriana. Causa insuficiência renal grave e pode ser transmitida para os seres humanos.
  • Traqueobronquite Infecciosa Canina – altamente contagiosa é conhecida por “Tosse dos Cães”. Tosse seca, forte e repetitiva é o principal sintoma. É transmitida pelo ar e pelo contato direto com animais ou objetos infectados.

 
Gatos
Logo que nascem, os gatos podem apresentar alguns problemas. Os mais comuns são: hipóxia, defeitos congênitos, hipoglicemia, hipotermia severa, desidratação, pneumonia, má digestão, septicemia, síndrome do leite tóxico, isoeritrólise neonatal (incompatibilidade dos tipos sanguíneos da mãe e do filhote), síndrome hemorrágica e morte súbita. Os sinais que devem ser observados são: inquietude, debilidade, vômito, diarreias, fraqueza e isolamento dos demais.
As doenças mais comuns são as virais respiratórias, a rinotraqueíte e a calicivirose, que costumam ocorrer juntas.  Eles podem adquirir a infecção da mãe ou de outro gato infectado. Os principais sintomas são conjuntivite, depressão, febre, falta de apetite, falta de ar e tosse. Nos filhotes o cuidado deve ser redobrado, pois causa desidratação e a infecção pode conduzir à uma broncopneumonia e levar à morte. Altamente contagiosa, deve-se isolar os animais doentes e trata-los isoladamente.
Outra doença comum nos filhotes felinos é a panleucopenia felina. Provocada por um parvovirus, causa destruição da mucosa intestinal. O animal tem febre, vômitos, diarreia, desidratação e anorexia.
Os vermes também atacam os gatos. Causam vômitos, diarreias, cólicas abdominais, e aumento do volume abdominal. Podem causar deficiência nutricional e atraso no crescimento. Esses parasitas são adquiridos geralmente da mãe e são tratados com vermífugos específicos para gatos.
Outra doença causada por um protozoário é a giardíase. Causa queda no sistema imunológico dos gatos, deixando-os mais propensos a outras enfermidades mais graves.
Duas doenças graves que não possuem sintomas específicos são a peritonite infecciosa felina e a leucemia felina. Trata-se apenas os sintomas para as complicações decorrentes como anemias.
O exame clínico e a vacinação em filhotes felinos devem ser feitos entre 6 e 8 semanas. Fique atento também ao ambiente para evitar quedas, choques, estresse e hipoglicemia por jejum prolongado.
Logo na segunda semana deve-se iniciar o controle parasitário. Os principais parasitas que acometem os gatos são: ascarídeos (lombrigas), ancilostomídeos e giárdia. Todos estes parasitas são zoonoses, ou seja, transmitidos ao homem.
A vermifugação deve ocorrer de 2, 4, 8 e 12 semanas de idade. As vacinas recomendadas são contra a panleucopeniaherpesvírus e calicivirus, e a raiva felina.
Colaboração: Dra. Beatriz Rose Mattes CRMV-SP 19478
 
A primeira providência que devemos tomar quando compramos, ganhamos ou adotamos um animal de estimação é levar ao veterinário para fazer os primeiros exames e receber as orientações básicas de cuidado e informações de como proceder com nossos melhores amigos. É comum nessa primeira avaliação com o veterinário, serem detectados pequenos problemas com o filhote, que se identificados logo no início, podem ser resolvidos sem comprometer a saúde do nosso novo amigo.
Nesta visita à clínica veterinária, deve-se já programar o calendário de vacinação do animal. A vacinação é um cuidado essencial tanto para os filhotes, como para animais adultos. De responsabilidade do dono, a vacinação é primordial para proteger seu animal de doenças graves e até fatais.

Confira abaixo os principais tipos de vacinas e suas coberturas:
Múltipla V8 – abrange as seguintes doenças: Cinomose, parvovirose, hepatite infecciosa, adenovirose, coronavirose, parainfluenza e leptospirose (L.canicola e L.icterohaemorrhagiae)
Múltipla V10 – Cinomose, parvovirose, hepatite infecciosa, adenovirose, coronavirose, parainfluenza e leptospirose (L.canicola, L.icterohaemorrhagiae, L.grippotyphosa e L.pomona)
Antirábica: Raiva
Gripe canina: Bordetelose, adenovirose, parainfluenza.
Giardia: Giardiase
Leishmaniose: Leishmaniose Viceral Canina

É importante salientar que as vacinas que seu animal de estimação deve receber, bem como as doses e reforços, devem ficar a critério do veterinário de sua confiança, que cuidará do seu animalzinho. Mas vale a informação: as vacinas múltiplas V8 e V10, e a antirrábica, são obrigatórias em qualquer programa de vacinação.
Antes de ser vacinado o animal já deve ter recebido os vermífugos, e na data das vacinas, o animal deve estar saudável. Ele não pode estar com febre, nem diarreia. Essa observação é importante para que não ocorra falha vacinal, quando o organismo não responde plenamente a vacinação.

Higiene
Os cuidados com a higiene também devem ser tomados. Acostume seu pet a ser escovado regularmente, principalmente se ele for de uma raça de pelos longos. No início ele pode até não gostar, mas com o tempo ele vai entender como uma forma de carinho.
O banho é fundamental para a saúde do seu pet, pois ele fica livre de parasitas como pulgas e carrapatos, ou simplesmente eliminando a sujeira, deixando-o sempre limpinho. Prefira os dias quentes caso opte por dar o banho em casa mesmo. Faça uso de produtos específicos para cães. Rebobre a atenção com os olhos e ouvidos, não deixando entrar água.
Se o seu animalzinho passa mais tempo dentro de casa e não passeia muito, não tem oportunidade de gastar as unhas. Portanto, corte-a regularmente.
Tudo bem se prefere cuidar do seu pet em casa. Mas recomenda-se que se faça periodicamente uma visita à um profissional da área, com treinamento e utensílios corretos,  para fazer o corte das unhas, a tosa higiênica e a remoção do excesso de pelos no ouvido.
Mantenha o local onde seu pet vive sempre limpo, tirando excesso de pelos, saliva, urina e fezes.

Para que a relação entre a família e o pet seja saudável e prazerosa é importante tomar todos os cuidados relacionados a saúde e ao bem estar de todos da casa. Mantenha o calendário de vacinas do seu pet em dia e acompanhe de perto o desenvolvimento do seu filhote. Dê a atenção e o carinho que ele necessita e consulte sempre um veterinário de sua confiança para consultas e exames de rotina.

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