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A história de Bruna e Meg

 A história de Bruna e Meg

Companheiras por 14 anos, Bruna e Meg eram inseparáveis e viveram muitas histórias juntas. Confira a história contada pela Bruna la Serra, dona da Meg.

“A Meg chegou na minha vida num momento de transformação. Eu era adolescente e ela chegou bebezinha. Minha mãe trabalhava em 3 cidades diferentes e não morava em casa, eu estava aprendendo a passar, cozinhar, cuidar da casa e ao mesmo tempo tinha sob a minha guarda uma pequena vidinha, mas não me dava conta da extrema responsabilidade que tudo isso significava.

A Meg acompanhou generosamente todas as minhas fases e transformações: os dolorosos términos com namorados, as mudanças para casas, dificuldades financeiras, o vestibular, a Unicamp, meu problema de saúde grave, os encontros com amigos, festas.

Ela era participante. A Meg era um acontecimento e toda minha vida girou sempre em torno dela, quantas baladas, festas e encontros não troquei por uma noite no sofá agradando sua barrigona e vendo ela sorrir… Meus amigos vinham em casa para visita-la, as pessoas me ligavam e perguntavam DELA. Ela era metade de mim. Só me conhece de verdade quem teve a incrível experiência de ter conhecido a Megona. Nossa relação atingiu o ápice quando passei a morar sozinha, há 6 anos atrás, no meu pequeno apartamentinho. Éramos só nós duas e confesso, era suficiente.

 Nosso grau de amor era tão mágico que  sempre nos completávamos. Com um olhar uma sabia o que se passava com a outra. E assim, fui captando seu fim. Pouco a pouco, cuidando com o maior carinho que me foi possível. Assim que ela fez 14 anos em maio deste ano sua saúde se agravou e a cada suspiro eu estava ao seu lado, até do meu emprego eu saí para cuidar melhor dela.

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Da companhia, das nossas conversas, do passeio lento e arrastado da minha gordinha que chamava tanta atenção na rua. Minha família adotou 4 cachorros e muitos outros visito constantemente no intuito de preencher o vazio que ela deixou. Mas nenhum cachorro tem a aura mágica que ela tinha, o poder de olhar nos nossos olhos e dizer tudo.

Dessa forma, uns 2 dias antes de morrer ela me olhou nos olhos profundamente com uma certa tristeza e eu sabia que era uma despedida. Só quando eu saí, a contragosto para entrevistas de trabalho, ela se permitiu descansar.

Passei uns 3 meses praticamente sem dormir, vigiando, dando medicações, amor e doce de leite (sua sobremesa favorita). Sei que fiz tudo por ela, mas muito mais ela fez por mim, a generosidade e entrega do amor que ela teve não se compara a nada mais que vivi ou vou viver em minha vida.

Sinto a falta dela latente todos os dias da minha vida.

Como diz meu enteado de 3 anos: não vejo a hora de poder visitar essa estrelona novamente. Ainda estou devendo para ela minha primeira tatuagem de homenagem. A Meg é uma lembrança maravilhosa não só minha, mas de todos que ela cativou. Ela deixou saudade em muita gente. A Meg me ensinou o que é a entrega e o que é um verdadeiro amor.

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