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Endocrinopatias e doenças metabólicas em cães e gatos

 Endocrinopatias e doenças metabólicas em cães e gatos

Endocrinopatias e doenças metabólicas em cães e gatos

As doenças hormonais ( endocrinopatias) e metabólicas são de ocorrência comum em cães e gatos. Entretanto, na maioria das vezes cursam com manifestações clínicas inespecíficas, levando a diagnósticos equivocados e falta de êxito nos tratamentos instituídos.
Diabetes melittus, hiperadrenocorticismo, hipoadrenocortismo e  hipotireoidismo são as endocrinopatias mais comuns nos cães, e o diabetes melittus e o hipertiroidismo as mais comuns nos gatos. Diabetes insipidus, insulinoma, feocromocitoma, distúrbios de cálcio, etc, embora menos frequentes, são endocrinopatias que devem fazer parte do diagnóstico diferencial de várias doenças.
Em sua maioria, são doenças complexas, crônicas e que se não diagnosticadas, tratadas e monitoradas adequadamente levam a perda da qualidade e diminuição da expectativa de vida do paciente. As causas são variadas: genéticas;  imunomediadas; uso crônico de fármacos como os corticoides e anticoncepcionais;  infecções ( pancreatite, piometra, doença periodontal), etc.
Os distúrbios metabólicos estão  relacionados a hábitos de vida modernos ( sedentarismo e restrição de espaço) e alimentação inadequada ( excesso de quantidade, de carboidratos e  de gorduras; alimentação não balanceada), podendo também ter um caráter genético associado,  predispondo o cão ou o gato a obesidade, aumento dos triglicérides e colesterol e uma variedade de alterações sistêmicas indesejáveis.
Comumente nos deparamos com pacientes portadores de duas ou mais endocrinopatias  (hiperadrenocorticismo e diabetes melittus) , não raramente  com outras comorbidades associadas (doença renal, doença cardíaca). Frequentemente as endocrinopatias cursam com distúrbios metabólicos e vice e versa o que torna a situação do paciente mais delicada. Dessa forma é necessário um monitoramento mais restrito e que, envolvem a atuação de  profissionais de diversas especialidades.
Em casos extremos o paciente endocrinopata pode se tornar um paciente crítico e emergencial, e deve ser encaminhado para internação imediata em unidades de terapia intensiva que disponham de equipe e estrutura adequadas a recebe-lo. A cetoacidose diabética e a crise Addisoniana são exemplos de situações de alta gravidade, que se não manejadas adequadamente apresentam altos índices de mortalidade.
As manifestações clínicas sugestivas de endocrinopatias em cães e gatos são:
– beber muita água ( polidipsia);
– fazer muito xixi ( poliúria);
– apetite exacerbado ( polifagia);
– colesterol e/ou  triglicérides aumentados;
– hipertensão arterial;
– ganho de peso;
– perda de peso;
– abdome abaulado;
– doença de pele crônica ( dermatopatias);
– catarata, cegueira súbita e outras desordens oftálmicas;
– frouxidões ligamentares; claudicação;
– mudanças comportamentais: agressividade, agitação, apatia, prostração, cansaço fácil
– cálculos renais e vesicais ( urolitíases);
– alterações neurológicas
O diagnóstico precoce baseado na presença das manifestações acima, achados clínicos sugestivos, exames complementares e testes hormonais específicos, somados ao tratamento adequado e individualizado e ao acompanhamento periódico desses pacientes visam promover qualidade de vida e diminuição das complicações associadas a cada caso.
O  médico veterinário especializado em Endocrinologia e Metabologia Veterinária é o profissional habilitado em diagnosticar, planejar o tratamento e monitorar o paciente endocrinopata, além de estabelecer estratégicas de controle e perda de peso para os pacientes portadores de distúrbios metabólicos e também apoiar o veterinário clínico e intensivista na rotina desses pets.cartao-assinatura

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